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Mostrando postagens de outubro, 2015

Insônia.

é nas noites  em claro que escureço-me.
Tão leve a moça, em suavidade... Bailarinas eram feitas de nuvem? .
É que as coisas líquidas e fugidias aportam em mim. E quando toca-me, escorro, cheia.
Porque era letrada l e t r a d a m e n t e Lia-me, à luz de qualquer  poesia.
Há muito temor no tremor que sinto.
Entre o meu querer e o seu tanto faz mordo a língua. permito-me arder.
Só estou rio Para ser degustada À conta-gotas.
Pinta a minha boca derrama o meu riso   brinca com o meu corpo como se fosse o teu   circo.
E nunca navegar pelo  teu corpo sem antes, aportar  em tua alma.
Céu cinza tinge  Tudo de Triste  A folha  As ideias. nada nem a vontade insiste.
Só acho que  A gente podia se  ver no  ar  Noite afora,  Sol adentro ...
há tanto sol aqui dentro mas é em noite de lua que o coração estremece.
Cada palavra é uma lâmina. É por isso que quando a moça escreve, o dedo sangra.
Unir versos e mãos Rir da não -rima Sê entrega, coração.
Vestida de sono,  alma desnuda Teus silêncios me atravessam.
Dessaber o tédio , a aflição Apreender o gesto, morder a vida. sabor ear com as mãos.
Insólito sólido: um mar de lirismo mergulhado no céu   de seus olhos.
dentro. sem soltar , descansemos.
Lâmina na língua. Algum gosto  de sonho . E os pezinhos lá no céu.
Não se alcança o céu sem perder o chão. Por isso, não há térreo, nem teto em mim. Só tento. E nu vens.
''Com olhos de fome, Morde o lábio e convida... Ai de mim - que nada! Mal sabe ele que sou o  próprio Lobo numa chapeuzinho encenada.''
"Há um poema. Feito de memórias, à batida exata do teu coração. Há um poema. Um poema em que esqueceu a magia das brincadeiras da infância, o bolinho de chuva da avó, as histórias ao pé da cadeira de balanço do avô.  Neste poema, ainda paira o mundo onde a ternura era uma janela a fechar o medo e a frieza desse tempo. Há um poema. Procuro-o hoje nos teus gestos mais comedidos e vagos, na tua voz perdida na solidão das cidades.  Procuro-o nas madrugadas ,quando sozinha, tua tristeza se faz derramada. Há um poema. Deve haver mesmo esse poema perdido, num lugar que só você sabe. Há um poema. Persigo-o ansioso, guiado pelo instinto de pensar o teu rosto o rosto desse poema, teu corpo, seus versos, tua boca, toda a poesia nele contida. Há um poema. Eu sei. Vou escrevê-lo através da pontuação do teu fôlego.  Pode ser que eu até estremeça ao descompasso da tua respiração,mas escrevê-lo-ei naquele lugar, onde dos teus olhos, eu sinta o aroma da tua meninice ."
Arranca-me o batom só pra depois limpar  do teu rosto,  a cor  do meu g osto .
Estalar os ossos Destilar do sangue o pavor o medo Ocupar a mão com um punhado de Estrelas. Embebedar de coragem. Suster na terra , os pés. Envergar a luz dos olhos,   Enche-los de céu. Deixar - se viver. Líquida.