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Mostrando postagens de maio, 2015
É que os olhos rastejam pelas coisas, Com o espasmo de quem Toca o limiar da morte... Esses sóbrios móveis não me explicam... A frígida cidade não me explica. Os dicionários não me explicam... Mas, essa coisa vaga, indefinida G R I T A Na morada indócil e enclausurada Do que sou. Já não me suicido, Por hoje.
Estalar os ossos Destilar do sangue o pavor o medo Ocupar a mão com um punhado de Estrelas. Embebedar de coragem. Suster na terra , os pés. Envergar a luz dos olhos,  Enche-los de céu. Deixar - se viver. Líquida.

(...)

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Ela afundou o corpo nele o mais que pôde, como se assim pudesse aprisionar um instante, como se assim pudesse aprisionar o amor. E ele, querendo as respostas que a vida não lhe entrega e que só uma mulher é capaz de abrigar dentro de si, puxou os seus quadris com a ânsia de escorregar para dentro dela e ali ficar.  Só uma fêmea é capaz de dividir-se assim ao meio: a metade de baixo a sobrepor-se forte, desfalecendo as resistências do macho e a de cima a ampará-lo doce, beijando e acarinhando os medos de um filhote.  (Rita Apoena)