“Foi um momento o em que pousaste sobre o meu braço,
num movimento mais de cansaço que pensamento, a tua mão, e a retiraste.
Senti ou não? Não sei. Mas lembro e sinto ainda qualquer memória fixa e corpórea onde pousaste a mão que teve qualquer sentido incompreendido, mas tão de leve!.. Como se tu, sem o querer, em mim tocasses para dizer qualquer mistério, súbito e etéreo,
que nem soubesses que tinha ser.”
(Fernando Pessoa)
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